Inspirado no clássico “O Design do Dia a Dia” princípios de design
Donald A. Norman, pioneiro em ciência cognitiva e usabilidade, revolucionou a forma como entendemos a interação entre humanos e objetos. Seu livro “O Design do Dia a Dia” (1988) tornou-se uma bíblia para designers, destacando princípios que garantem produtos intuitivos, eficientes e centrados no usuário. Norman abordou a importância de criar designs que facilitam a vida cotidiana das pessoas e eliminam a frustração causada pela tecnologia mal projetada. Abaixo, segue os 10 princípios de design essenciais derivados de sua obra, adaptados para o contexto atual e atualizado:
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1. Visibilidade
As funcionalidades de um produto devem ser imediatamente perceptíveis. Se o usuário não consegue identificar como usar um objeto, o problema está no design, não nele. Exemplo: ícones de aplicativos de comida com imagens de pizza ou tons verdes para saudáveis comunicam a função sem explicações.
2. Feedback
Toda ação do usuário precisa gerar uma resposta clara. Seja um círculo girando ao carregar uma página ou um som ao enviar um formulário, o feedback reduz ansiedade e confirma que o sistema está funcionando.
3. Affordance
O design deve sugerir seu próprio uso. Um botão de mouse, pela forma côncava, indica onde o dedo deve pressionar. Zíperes e interruptores são exemplos clássicos de affordance, onde a aparência guia a interação.
4. Mapeamento Natural
A relação entre controles e seus efeitos deve ser intuitiva. Girar o volante para a direita faz o carro virar à direita; setas em interfaces digitais devem seguir a direção esperada do movimento.
5. Restrições
Limitar opções evita erros. Restrições podem ser:
- Físicas (ex.: pilhas que só encaixam de uma forma),
- Culturais (ex.: luz vermelha no topo de carros de polícia),
- Lógicas (ex.: sequência de passos em um processo).
6. Consistência
Padronizar elementos garante familiaridade. Botões de “enviar” sempre na mesma cor ou ícones universais (como a lixeira) evitam confusão e aceleram a aprendizagem.
7. Prevenção de Erros
Um bom design antecipa falhas. Por exemplo:
- Escorregões: confirmação antes de excluir um arquivo;
- Erros complexos: sistemas que alertam sobre cálculos em unidades erradas (como libras vs. quilos).
8. Simplicidade
Menos é mais. Interfaces sobrecarregadas geram frustração. Norman critica dispositivos como vasos sanitários japoneses com múltiplos botões, defendendo que a tecnologia deve simplificar, não complicar.
9. Modelo Conceitual Coerente
O usuário deve formar um mental model claro de como o produto funciona. Se um telefone exige combinações de teclas para funções básicas (como colocar uma chamada em espera), o modelo conceitual está falho.
10. Design Centrado no Humano
Norman enfatiza: nunca culpe o usuário. Dificuldades de uso são falhas de design. A solução é entender como as pessoas pensam, agem e interpretam o mundo, integrando esse conhecimento ao projeto 2611.
Bônus: O Paradoxo da Tecnologia
Quanto mais funcionalidades um produto tem, mais complexo se torna. O desafio é equilibrar inovação com usabilidade. Exemplo: relógios analógicos exigem mais interpretação que digitais, mas smartwatches superlotados podem repetir o erro.
Por Que Esses Princípios de design Importam?
Um design ruim gera frustração e perda de produtividade, enquanto um bom design melhora a qualidade de vida. Norman mostra que a chave está em comunicar-se claramente com o usuário, seja através de feedbacks, affordances ou restrições inteligentes.
Para se aprofundar, explore o livro “O Design do Dia a Dia” e outros trabalhos de Norman, como “Design Emocional”, que aborda a conexão afetiva entre usuários e objetos, deixo como indicação o livro do Donald Norman, O Design do Dia a Dia, que vai ajudar você a entender ainda mais como pensar na construção do bom design.